Virgem Submissa {Capítulo 4}

Uma mansão escondida no meio do mato!
Lá estava Daniela na casa de Stevam Medson o homem com quem já havia discutido várias vezes desde que chegara a cidade. Pensou muito antes de aceitar ao convite mas resolveu aceitar, afinal Stevam parecia interessado em resolver seus conflitos. A única coisa que recusou, apesar da insistência do motorista foi ir no carro de luxo em que Stevam mandara buscá-la
-Por aqui, senhorita!-Dizia-lhe um empregado guiando-a pela casa.
Stevam deliciava-se com seu Black Label enquanto esperava por sua visita. Quando a viu adentrar em sua luxuosa sala deu um sorriso de satisfação. Olhou-a examinando com cuidado, concluiu que se tratava de uma mulher bonita porém com péssimo gosto para se vestir.
-Boa noite Senhora Clinton!
-Senhorita, por favor!-Corrigiu-lhe Daniela.
-Senhorita? Acaso está insinuando que está solteira? Ora, francamente! Se quer ser tratada como senhorita deveria se comportar e principalmente se vestir como uma, não acha?-Disse Stevam lançando-lhe um olhar de puro desdém.
O rosto de Daniela queimava feito brasa não esperava ser recebida daquela forma por Stevam principalmente depois dele ter lhe mandado flores.
-Não me chamou aqui para discutir meus modos não é mesmo Senhor Medson? Então vamos logo ao assunto que nos interessa.
-Primeiro acompanhe-me nesse drinque, senhorita, ou acaso não sabe apreciar uma boa bebida?
Virando-se Stevam serviu o uísque sabia que depois do desafio que fez Daniela não seria capaz de recusar.
Sorriu ao perceber que Daniela virou a pequena quantidade de uísque praticamente de uma vez.
Enquanto se sentavam perguntou-lhe:
-Diga-me Senhorita Clinton porque faz tanta questão em ficar com as terras de seus pais? Afinal, você tem um diploma mas será incapaz de fazer um bom uso dele numa cidade tão pequena.
-Era o desejo de meu pai que cuidadasse do que era seu.
-Por acaso trata-se de algum tipo de remorso? Abandonou seus pais aqui nesse fim de mundo agora quer bancar a boa filha lutando para salvar suas terras.
-Ora, Senhor Medson não acha que está se excendendo? Pensei que...
-Pensou o que? Que eu me desculparia e deixaria que ficasse com as terras? Não foi tão patética em imaginar uma coisa dessas não é mesmo? Nunca perdi uma causa e não perderei essa!
Daniela levantou visivelmente tonta, só então percebeu o efeito do uísque sobre seu corpo.
-já vi que não chegaremos a lugar nenhum, Senhor Medson. Vou embora, aliás nem sei porque me chamou aqui!
Stevam sorriu sadicamente:
-Ninguém sai daqui até que eu queira!
-Não sou um de seus empregados, Senhor Medson!
-Mas irá me obedecer- disse Stevam indo em direção a Daniela mas ela começou a correr antes que ele pudesse alcança-la.
Completamente atordoada Daniela corria pela casa enquanto escutava os passos de Stevam vindo em sua direção. Seu corpo todo tremia precisava sair dali o mais rápido possível.
Já fora da casa percebeu vários homens atrás dela, correu o máximo que pode até entrar na caminhonete...

Pelo retrovisor Daniela percebeu que estavam lhe seguindo. Lágrimas ameaçaram a brotar seus olhos. Algo de errado estava acontecendo com ela suas pernas começavam a formigar adormecidas. A garganta estava cada vez mais seca e suas palpebras pesavam num sono quase que irresistivel.
O desespero tomou de Daniela percebeu que fora envenenada por Medson. Ele não queria acordo queria mata-lá!
O que faria? Talvez se pudesse chegar ao hospital pudessem salvar sua vida.
Continuava sendo seguida. O choro entre soluços era cada vez mais alto sabia que iria morrer.
Não conseguia mais ter o controle do próprio corpo, o carro foi se desviando da estrada. Uma árvore ficando cada vez mais próxima, cada vez mais próxima.
Não pôde impedir a batida.

Sentiu que estava sendo tirada do carro escutava vozes mas não reconhecia. Apenas uma voz chamou sua atenção abriu um pouco os olhos apesar da dificuldade. Lá estava ele sorrindo satisfeito:
-Como eu disse Senhorita Clinton ninguém sai da minha casa até que eu queira.
Tudo ficou escuro...